quarta-feira, 25 de março de 2009

  • A FUNDAÇÃO DO MUNDO
Acordas o mundo, todas as horas rotundas
e, aflito da penumbra-sonho que te transformaste,
pergunta: – «Onde andam os teus passos leves
para me dizerem que sou as plantas dos teus pés?

Sim, um dia teu fende as bases do meu universo
– esse que grita, grita, e grita!… até se tornar sangue
derramado, inocente e teu antes da minha fundação
a olhar-te, explodindo no rebanho negro de sonhos.

Onde, onde param os seres que me geras no silêncio?»

Acordo com o mundo, essa coisa finita, frágil e tua
– borbloeta azul nas tuas mãos, no centro da tua voz.

Imagem: Avenging Angel, Akerra

1 comentário:

Nita Faria disse...

Quem já não vai dormir, por agora, sou eu.
Acordei para trabalhar .. .... e dou uma vista de olhos no teu blog.
Leio este poema e deleito-me com ele.
Bjos.
Anita