- FRAGMENTOS DE DOMINGO
Hoje comecei o meu dia com exercícios de humildade: falei com Deus, lembrei-lhe que somos amigos, e mais! Tentei ler On Galois theory from subfactors, de Eduardo R. Monteiro e Paulo R. Pinto; bem, na verdade foi uma quase-tentativa – sinto e percebo, de novo, o sentido natural da Docta Ignorantia. Procuro a Formula de Bhaskara…, o delta é igual a zero… fico aqui – o -2 é outra coisa. Lembro-me de Escoto, de Dionisio Aeropagita e Santo Anselmo, e medito um pouco sobre a natureza das coisas.
O melhor é alimentar a alma de outra forma de humildade: a beleza. Ouço Miles Davies e John Coltrane: Bye Bye Black Bird, Dear Old Stockolm, Round Midnigth, So What, Blue in Green (uma versão fantástica de A Kind of Blue)… enquanto passo os olhos sobre Estudios Sobre El Amor de José Ortega y Gasset e De Docta Ignorantia de Nicolas de Cusa. O dia está ventoso, como as tardes ruminares do Mindelo, e traz-me a memória coisas belas, de menino – não vividas, sonhadas. Ouço Hana de Wesley Westenra (persegue-me, esta música) e paro para ouvir Solange Cesarovna: Tudo Fadiga Dja Caba, Nadejda, Margarita, Ci Ca Ta Naceba… belo! E há tantas formas de beleza. – "O aghape é o maior" – diz-me o meu poeta...
O dia está mais belo, assim. Sinto-me melhor com pensamentos recorrentes – estaciono a alma e escrevo um poema (o de ontem, escapou-me). O universo dói, sempre. Só parará quando a espada de dois gumes de Miguel deixar de perseguir a luz. Assim, além de cuidados amados, lembrei Deus para não se esquecer da apokatastasis.
O melhor é alimentar a alma de outra forma de humildade: a beleza. Ouço Miles Davies e John Coltrane: Bye Bye Black Bird, Dear Old Stockolm, Round Midnigth, So What, Blue in Green (uma versão fantástica de A Kind of Blue)… enquanto passo os olhos sobre Estudios Sobre El Amor de José Ortega y Gasset e De Docta Ignorantia de Nicolas de Cusa. O dia está ventoso, como as tardes ruminares do Mindelo, e traz-me a memória coisas belas, de menino – não vividas, sonhadas. Ouço Hana de Wesley Westenra (persegue-me, esta música) e paro para ouvir Solange Cesarovna: Tudo Fadiga Dja Caba, Nadejda, Margarita, Ci Ca Ta Naceba… belo! E há tantas formas de beleza. – "O aghape é o maior" – diz-me o meu poeta...
O dia está mais belo, assim. Sinto-me melhor com pensamentos recorrentes – estaciono a alma e escrevo um poema (o de ontem, escapou-me). O universo dói, sempre. Só parará quando a espada de dois gumes de Miguel deixar de perseguir a luz. Assim, além de cuidados amados, lembrei Deus para não se esquecer da apokatastasis.
1 comentário:
A mensagem da foto é muito bonita. A vida no ventre acarinhado da mulher, e a morte atrás ou para trás, VB?
Deduzo que seja uma crioula, a dama fotografada, pelas trancinhas.
Se sim, fico feliz por ver uma crioula prenhe de vida no teu blog. Acho-as a personificação, mais acabada, da vida e do amor. Que te parece, VB?
Noite boa.
:)
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