domingo, 22 de março de 2009

  • A ORDEM DAS COISAS
Que seria do Mundo se Cipião Emiliano – o Africano, tivesse morrido em Transimeno ou em Canas? – um pensamento recorrente que me persegue nestes dias.

Seriámos diferentes? Não sei, tenho uma multidão de dúvidas sobre isso. O que sei – isso sei, é que preciso de colocar menos paixão nas minhas palavras; deixá-la para o Amor, a «ocasião única de amadurecer, de tomar forma, de nos tornarmos um mundo para o ser amado[1]».

Onde está o coração do homo politicus – pergunto-me. A resposta que me ocorre remete-me ao Sermão do Mandato, mas há coisas bem mais simples, bem mais belas – mais eternas. Acontece. Simplesmente acontece, e move o mundo. Sim, a eternidade começa.
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Nota:
[1] Rainer Maria Rilke, Cartas a um Poeta, Lisboa, 2009, p.69
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Imagem: Cipião Emiliano - o Africano

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