domingo, 19 de outubro de 2008

  • O MEU POETA
Amanhece. Diz-me o meu poeta:

– Pela forma como vive, o homem revela uma fé extraordinária. Mais do que mover montanhas; move, todos os dias, a vida.

Não digo nada, mas concordo. Ia acrescentar: – «Mas precisa de amar, de dizer que ama, de esquecer o silêncio...» Pensei em explicar-lhe que hoje é, também, amanhã; e que não somos donos do tempo mas meros locatários, na verdade possuidores precários; mas achei por bem deixá-lo em paz; pois o meu poeta, o meu poeta tem mais em que pensar, anda longe do Mundo.

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