Há uma coisa que não entendo, «faz-me espécie» – como diz o bom povo: porquê é que as pessoas lesadas pela ELECTRA, pelo reiterado incumprimento do contrato de fornecimento de energia e com danos emergentes (e lucros cessantes, no que concerne às empresas) consideráveis, não processam a empresa em sede de responsabilidade civil contratual e extracontratual? Sim, porquê?...
Isso de irem até às portas da ELECTRA e não serem recebidas por ninguém (ainda que fossem, os danos já se verificaram...) é chover no molhado. Existem os tribunais e o povo deve confiar neles, pedir-lhes amparo para as suas desgraças e a sua reparação. Por isso é que o Estado é de Direito e não «da Joana», sabiam?...
Se não têm possibilidades de custear o pleito, que se dirijam às Casas de Direito e/ou à Ordem dos Advogados de Cabo Verde e peçam um Advogado – o Estado tem o dever de custear um, não é favor nenhum que faz – e avancem, com coragem, sem medos; a razão e o Direito estão, manifestamente, do Vosso lado. Medo é coisa do passado e, não se esqueçam: o direito é como a fé – sem obras é morta.
Apetece-me perguntar: por onde anda a ADECO? Tem aqui, certamente, matéria para mostrar a sua natureza aos cidadãos cabo-verdianos. Já não chega de acrescentar basta!... à mais basta? O cidadão deve dar um murro na mesa, já que o Governo não o faz.
O povo é sereno, mas não é parvo! E nem deve tolerar que façam passar por isso. Ó povo, deixai de pregar no deserto! Ide à Casa da Justiça e tê-la-ás. «Buscai e achareis» – diz o meu Mestre.
Viver o continuum da consumação do «Complexo de Electra» é, deve ser, fodido.
- Imagem: Carmen Electra
13 comentários:
Senhor Dr., afinal que palavra é esta de terminar este seu escrito,ahn?! Já não há respeito?!
Loool
Anónimo das 17:23:00:
«As palavra são como as nozes» – às vezes são maravilhosas, outras, amargas...
Se, como nos diz o «complexo de Édipo» (matou o pai e casou com a mãe – em casamento devidamente consumado...) as coisas são o que são; não é muito menos no «complexo de Electra»; só que a mãe é a nação...
E isso não é f.....?
Se – de acordo com os entendidos – somos não com agimos mas sim como reagimos, então a coisa é clara: um estudo realizado nos EUA, há já alguns anos, por aí uma década, diz-nos que as pessoas, ao morrerem violentamente (nomeadamente vítimas de homicídio em que se registou as suas últimas palavras), a última palavra que dizem é... imagine lá... Foda-se! Mas, nem seria preciso isso... além do «Ai!», o que diz (sinceramente, como polícia de si mesmo) a seguir? Pois...
É a natureza humana! (ah, não é isso, não... agora.)
E que dizer do sofrimento causado pela Electra, senão: foda-se!, chega! Vai-te... (eu não disse nada, mas o que foi que pensou?...) confessar.
A verdade é que somos (eu também, e tento supera isso com liberdade – como constará pelo conteúdo deste blog) tão pudicos e vitorianos...
Dnb
Dr.virgilio.às vezes não è por causa de medo que as pessoas agem assim,agora leio este este blog e digo quem dera essas pessoas terem alguèm como o sr. para lhes fazer ver isto ou seja ver que tem que se imformar atè terem uma resposta e não parar logo que recebem uma resposta negativa por parte da electra,e muitas das vezes nem são atendidas,o que se passa na minha opinião è que os responsàveis por tudo isto( a electra,ou governo) não estao a respeitar as pessoas,coitados esforçam-se para ter uma televisao,frigorifico,...e ainda nao è lhes dada a atençao... falta de respeito...
Não nada como o poder "consolador" do palavrão...pelo menos é o que diz uma minha amiga.
Marisa,
as coisas ainda irão ao seu lugar natural; o povo ainda abrirá os olhos.
Ajosué:
nem mais! Ah, pensando melhor, coisa melhor haverá, mas...
Pois é! Mas sabes que podemos não ser púdicos nem vitorianos e ao mesmo tempo não dizer palavrões. E depois, sabes que contigo the f..word não combina. Faz lembrar um menino traquinas a querer impressionar a mãe com as novas palavras que aprendeu no recreio da escola:)
Um abraço "consolador",
V.
God!, V. E não é que tens razão?...
Mas isso deve ser porque andei a passar os olhos por Gil Vicente. Eh, eh...
Recebido e consolado.
Com uma electra destas nunca ficaríamos no escuro.... Hahaha
Abraço fraterno
JB
JB,
acho que iria querer mesmo era umas noites bem escurinhas para ser iluminado... Eh, eh
Abraço fraterno
A blogosfera é mesmo pequena! O João Branco do comentário anterior foi meu colega em Agronomia. Foi só ver a fotografia dele e apesar de ter má memória lembro-me perfeitamente dele porque fomos praxados ao mesmo tempo. Não fazia a menor ideia que estava em Cabo Verde...
V.
V.,
como vês, encontram-se e reencontram-se amigos nos locais mais imprevisíveis...
E não é por a blogosfera ser pequena, porque não é, mas sim porque aproxima as pessoas, torna a imensidão do Mundo menos ditatorial para a alma.
É a tua oportunidade de reatar as conversas agronómicas.
Dia bom
:-)
Nunca me passaria pela cabeça reatar conversas agronómicas. Com o meu último comentário I was just making small talk with you...
Vita,
I got it...
Sweet day for You.
V.
Enviar um comentário