quinta-feira, 23 de abril de 2009

  • A MARCA DOS DIAS

Começo o meu dia a ouvir um sermão de Derek Prince, um dos melhores pregadores que já escutei – um visionário do entendimento do logos divino. Escuto Forever Young de Joan Baez – como se o para sempre e o eterno existissem, como se não fossem tão somente analogias do coração do Monte Cara. Escrevo o meu poema diário:

DESPERTAR ANIBÁLICO

Diz ao meu poeta um dos filhos:
– «Não fosse a beleza,
e Aníbal teria dado um mundo crioulo ao Mundo.»

Por isso há em mim uma incompleude
– sou o guerrerio e tu… Cápua.

Oh! Agarra-me pela mão, tira-me daqui,
leva-me para o meu destino verdadeiro,
leva-me para o mundo do meu filho distante.

O dia nasceu com o aroma do calor nas mãos. Diz-me que será belissímo. Só posso rir, do dia. Ainda tem no corpo a frescura, mas irá consumir-se nas horas – como todas as coisas, belas ou não. O que importará, no fim, serão as marcas que deixar. Que sejam belas, belas e puras como as águas das nascentes, o amor que a mãe nutre pela vida que transporta.

Imagem: La Spagliata, Leonardo da Vinci

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