segunda-feira, 27 de abril de 2009

  • CEGUEIRA COLECTIVA

Tudo o que Mahmud Ahmadineyad diz é anátema para o ocidente. Até dizer o que toda a gente sabe: Israel é um Estado fundado em princípios racistas. Facto histórico; basta ler-se a Tora para se chegar à essa conclusão. E ainda continua a seu assim. Aliás, a ideia de eugenia racial aparece com os povos de Israel, Judã e Samaria. Hoje, mercê de um Mundo bem mais global e perto, demasiado perto, não nos apercebemos dessa dimensão cultural do povo judeu (que sustentou a sua hegemonia cultural e financeira na diáspora judaica na europeia), mas ela existe.

Não aprecio o radicalismo do governante iraniano, mas seria de atentar no que diz: virar as costas não é nem nunca foi solução para o diálogo – este é profícuo no confronto, definha no silêncio. E quem foge, sabe do que foge. Como diz o povo, o pior cego é o que não quer ver. Eu, direi mais: é uma cegueira colectiva que, qual doença do universo de Saramago, nos querem passar como vírus de irracionalidade. Eu cá, por enquanto, vou pensando.

Imagem: Mahmud Ahmadineyad, Presidente do Irão na Conferência Mundial sobre Discriminação Racial

1 comentário:

Joshua disse...

Vá lá Virgílio, não escrevas estas coisas.
Racismo, eugenia,hegemonia...
Não podes pegar no pensamento ultra-ortodoxo israelita e qualificar toda uma nação. De qualquer forma eugenia não será o que queres dizer porque aqui ninguém quer melhorar raça nenhuma.
Não gostei.
Israel é um estado democrático quer queiras quer não.
E depois é uma religião de convertidos. Qualquer judeu te dirá que o Messias que espera, para aqueles que são messiânicos, é neto de uma convertida.
É uma nação onde tudo é passível de discussão: dois judeus, três opiniões e etc.
Quanto ao racismo: há judeus de todas as raças.
Até tu darias um excelente convertido...
Virgílio ben Avrahan. O que te parece?