terça-feira, 7 de abril de 2009

  • O TEMPLO DE SALOMÃO E A ESPERANÇA

Se há edificação que me fascina do ponto de vista da história e do simbolismo, é o Templo de Salomão. Destruida e reconstruida sucessivamente, com os muros de Jerusalém, no tempo de Asseuro e por Herodes, O Grande, está umbilicalmente ligada a história da humanidade, sendo, ainda hoje, pomo de discordia. Raiz de esperanças – é, com a água, a causa profunda do problema palestiniano.

Derribada em em 70 AD pelo General Tito, na sequência do cerco imposto por Vespasiano (pormenorizamente narrada por Flávio Josefo na História das Guerras Judaicas), viu cumprir-se a profecia de Jesus Cristo, quando o incêncio de Jerusalém fez derreter o interior do Lugar Santo e do Lugar Santíssimo, forrados de ouro, e os legionários romanos levantaram pedra sobre pedra para recuperar o ouro (facto estranho, pois aos soldados omanos era proibido possuirem ouro que não fosse do seu salário). Ainda hoje se espera a sua reconstrução pelos israelistas, então espalhados pelo mundo até retornarem no grande Êxodo que teve o momento maior em 1948.

Moshe Dayan, quando questionado sobre o local onde deveria estar localizado o templo de Salomão – e que é, com Meca e Medina, um dos locais mais sagrados do Islão – e se iria destruir a grande Mesquita da Cúpula da Rocha, disse que não.

– Mas, como espera reconstruir o Templo de Salomão se a Mesquita de Omar está construida no local? – insistiram com ele, e respondeu:
Deus há-de mandar um terramoto, destruir a Mesquita e então, reconstruiremos o Templo.

Esta é a uma das esperanças maiores do povo de Israel – se um dia se cumprir, então se poderá ouvir o nome de Deus, que só pode(ria) ser pronunciado no dia da Expiação pelo Sumo Sacerdote levita ao entrar no Lugar Santíssimo no interior do Templo, onde se encontrava a Arca da Aliança. Esta esperança – e os meios adequados a sua recontrução (algures em Israel encontram-se blocos com pedra-a-pedra do Templo para a sua reconstrução, a tudo o momento) – e é um dos maiores segredos dos tempos modernos, e é mais bem guardada do que o programa nuclear israelita.

Há povos que, com todos os seus defeitos – e os israelitas têm, como povo, defeitos e pecados históricos acrescidos –, possuem um capital de esperança tal que não pode deixar de ser inspirador.

Video: Viagem virtual ao interior do Templo de Salomão

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