terça-feira, 7 de abril de 2009

  • A NATO AOS PÉS DA TURQUIA
Anders Fogh Rasmussen, ex-Primeiro Ministro da Dinamarca, foi eleito Secretário-Geral da NATO sob a ameaça do veto da Turquia. A sua eleição é uma demonstração de força e de unidade da Organização do Tratado do Atlântico Norte, assim como a afirmação de que os seus membros procuram se adaptar às realidades e à diversidade cultural, política e religiosa do Mundo sem prescindir dos seus valores.

Rasmunsen é claro: respeitará o Islão e todas as sensibilidades religiosas das diversas comunidades humanas, esclarecendo que o incidente de 2006 com os cartoons sobre Maomé nada teve a ver com qualquer forma de desrespeito pelo Islão e pelos seus símbolos que, reitera, respeita. É uma postura digna e respeitável, de tolerância civilizacional e religiosa por parte de Rasmunsen – que teve prévia aceitação da Turquia, mas não por causa das suas razões e da sua dimensão humana e capacidade política, mas sim porque foi garantido ao Governo de Ankara um lugar de destaque no Alto Comando da NATO e a promessa de que a Dinamarca irá tomar providências sobre a estação de televisão curda que emite do país e que é tida pelo Governo turco como uma apoiante do Partido dos Trabalhadores do Kurdistão (PKK) que pretendem instalar um Estado Kurdo na Turquia.
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A religião como arma política e diplomática… os turcos são exímios nisso: na negociação.
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Imagem: Anders Rasmussen, Secretário-Geral da NATO

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